ABSTRACT
A força máxima de tensão e deformação de membranas de biopolímero de cana-de-açúcar perfuradas e contínuas foram definidas antes e 180 dias após implantação no celular subcutâneo de ratos. Um grupo de 13 ratos Wistar foi anestesiado com cloridrato de xylasina 2, 0,5mL/kg de peso IM. Foi feito tricotomia da face ventral do abdome e em seguida anti-sepsia com iodopovidona. Sob condições de assepsia foi feito incisão de 6cm na pele sobre a linha mediana, divulsão do celular subcutâneo nos flancos direito e esquerdo. Em um lado foi colocado um fragmento de membrana de biopolímero de cana-de-açúcar perfurada de 3,0x2,0cm e no lado contra lateral um fragmento contínuo. Os ratos permaneceram em gaiolas individuais recebendo água e ração Labina® ad libitum. Ao completarem 180 dias do implante os ratos foram mortos com dose tóxica de anestésico e as membranas retiradas para ensaio mecânico em uma máquina universal de ensaios EMIC DL 500. Os resultados foram comparados com um nível de segurança de 95, utilizando-se o teste t de Student. A força máxima de tensão em Newton (N) das membranas contínuas antes da implantação 17,46 N foi maior que as membranas perfuradas 9,35 N, com significação estatística, p=0,026, não ocorrendo diferença entre as membranas perfuradas e contínuas após a implantação. O mesmo ensaio entre o pré, controle e o pós-operatório, experimental com as membranas perfuradas e contínuas não apresentou diferença com significação estatística. A deformação específica da força máxima () das membranas perfuradas como das contínuas foi maior após a implantação com significação estatística, p=0,001. O mesmo teste aplicado entre as membranas perfuradas e contínuas antes a após implantação não apresentou significação estatística. As membranas perfuradas apresentam uma força máxima à tensão menor que as membranas contínuas no pré-operatório. No pós-operatório tende a aumentar a força máxima à tensão...